sábado, 23 de julho de 2011

A TRANSPARÊNCIA E JUSTIÇA ACIMA DE TUDO


O semanário "Expresso" publica hoje um texto com este título:
A TROIKA E OS PREÇOS DA ELECTRICIDADE

"Os custos de interesse económico geral que agrupam os sobre-custos gerados pelo apoio político à eólica, foto-voltáica e co-geração, bem como as compensações às térmicas ( CAE e CMEC ), são tratados no Eurostat como se fossem taxas e outros impostos, por comunicação manipulada do Governo anterior, quando são, como tenho explicado, custos de produção energética! Com esta habilidade o lobi eólico e a eléctrica nacional têm dito que os nossos preços de electricidade são inferiores aos da UE! Com a metodologia correcta, esses preços facturados aos consumidores domésticos são dos mais caros de toda a UE a 27, com a excepcção de três países.
A OCDE também mostrava recentemente que os nossos preços para os domésticos eram superiores em 61% à média dos países da OCDE.
Por outro lado, o Governo anterior mantinha na electricidade um IVA inferior ao mínimo imposto pela legislação comunitária para artificialmente ajudar a passar a ideia de que os nossos preços se comparavam favoravelmente com os europeus. A troika veio obrigar a repor a legalidade comunitária e os nossos consumidores verão a sua factura subir substancialmente devido à correcção do IVA .
Mas a troika disse que se deveriam renegociar os contratos existentes. À priori, tal não parece muito canónico num Estado de direito, em que se devem respeitar os compromissos assumidos. Mas é conveniente lembrar que os pensionistas do regime contributivo, cuja pensão é calculada através do que pagaram ao longo da carreira contributiva, já levaram um corte face aos compromissos que o Estado tinha assumido com eles.
Então porque é que os promotores de renováveis, que têm um lauto banquete à custa do preço político imposto aos consumidores, não deverão também dar uma contribuição especial à pátria?
Há também que tornar "renovável" o esforço nacional".

Autor deste texto copiado do Expresso de 23/07/2011: Luís Mira Amaral, professor catedrático.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Haverá alguem que não se indigne perante este atentado patrimonial?

Esta foto foi-nos enviada por um leitor que se indigna com a destruição de Sortelha e demonstra bem a destruição de um património de todos levada a cabo por pessoas e entidades que estão identificadas neste blog.
O autor da mensagem demonstra bem a sua indignação ao afirmar que perante a presente situação Sortelha deve ser desclassificada para que não se "venda gato por lebre".
Lamentável é que esta destruição tenha sido efectuada por quem tinha o dever de defender o património de Sortelha com recurso a métodos ilegais e que mesmo depois de vários crimes cometidos por essas pessoas terem sido denunciados ao Ministério Público nada tenha sido feito.
Lamentável também é que o município do Sabugal tenha aceite e sido conivente com os métodos ilegais como se conseguiu cometer este crime e não haja nenhuma entidade que impeça esta destruição do património que a todos pertence.
Eu estou indignado com este atentado criminoso e tu?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O QUE É UMA ALDEIA RICA?

Sortelha, a histórica, a medieval e aquela que os portugueses e estrangeiros procuram nos mapas e um dia visitam porque é uma memória da vida dos nossos antepassados, porque é considerada uma relíquia no conjunto das Aldeias Históricas portuguesas, aos olhos dos que apreciam este património, mesmo antes de entrar nesse mundo medieval, o nosso olhar e os nossos ouvidos vêem e ouvem os movimentos e os barulhos daquelas torres eólicas que são, por agora, máquinas de ganhar dinheiro mesmo estando os seus donos a dormir.
Assim sendo, há razões para pensar que Sortelha está mesmo mais pobre: 

É cada vez mais difícil olhar em volta e não deparar com ventoinhas gigantes espetadas na paisagem. Olhemos para onde olhemos lá estão elas, como um praga que ocupa os montes. Parece que o critério de plantar aqueles braços imensos neste ou noutro sítio é, apenas, de carácter económico. E, portanto, há que ocupar todos os cocurutos dos montes. Talvez seja necessário e mais ecológico (não sei em concreto) mas deveria haver uma preocupação com a paisagem. Aqueles monstros que zunem não podem estar em todo o lado. Os nossos olhos comem e não vivemos em selvajaria.



Um dos casos que mais me indigna é o de Sortelha. Veja-se, na foto de baixo, como destruíram a imagem da aldeia histórica. Fotografa-se o castelo, por exemplo, e lá estão as ventoinhas, como uma espécie de ameaça ao património histórico. O que fizeram àquela bela aldeia (e que Sortelha aceitou, talvez por necessidade) é uma vergonha! Há valores que são... impagáveis.
Publicada por Américo Rodrigues em Domingo, Julho 17, 2011
Etiquetas: ambiente, cidadania