sábado, 19 de fevereiro de 2011

PRÓS E CONTRAS DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

O jornalista Bruno Amorim assinou esta semana no "JN Negócios" um trabalho sobre as energias renováveis. Fiquei a conhecer estas siglas:
CIEG: Custos de Interesse Económico Geral.
PRE: Produção em Regime Especial de energias renováveis e cogeração.
CAE: Contratos de Aquisição de Energia.
CMEC: Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual.
ERSE: Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

"EÓLICAS e outras energias renováveis começam a ter impacto na factura eléctrica, dado que até 2015 deverá ser uma solução mais cara do que a energia gerada através de combustíveis fósseis".

As energias renováveis estão a criar polémica. E Bruno Amorim escreve:
"No centro da polémica estão os CIEG, conhecidos como custos de decisão política, que afectam o preço da luz. Em 2010, os CIEG pesaram 42% nas facturas da luz, bem acima dos custos de produção (31%) e o uso de redes de distribuição ( 27%).

   Nestes custos de políticas de energética, incluem-se, entre outros, o  sobrecusto da Produção em Regime Especial (PRE), rendas pagas aos municípios e os Contratos de Aquisição de Energia(CAE) e os Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual ( CMEC ), os dois últimos relativos à produção termoeléctrica, através do carvão e gás natural.
   Este ano, os CIEG vão ascender a 2,5 mil milhões de euros ( o dobro face a 2008), sendo que o peso da tarifa da luz subirá de 42% para 44%. E uma grande fatia do bolo deve-se ao sobrecusto da PRE, superior a 1,2 mil milhões de euros.
    
PARADOXOS
Empresas pagam menos-Os custos de interesse geral CIG) têm um maior peso na factura dos clientes domésticos do que na das empresas. Em 2011, os CIEG representarão 44% da factura da luz dos clientes particulares, enquanto que estes custos extra valem menos de 30% do preço da electricidade paga pelas empresas.
  
A DECO, Associação de Defesa dos Consumidores, critica a situação. Lançou uma petição que reuniu 170 mil assinaturas "a alertar os consumidores para aquilo que pagam nas facturas de electricidade e sensibilizou o Governo para a necessidade de introduzir medidas adequadas a uma formação justa dos preços".
A DECO diz que "é necessário reavaliar a política de financiamento das renováveis e concluir se este incentivo, pago exclusivamente pelos consumidores domésticos, faz sentido".

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