sábado, 2 de outubro de 2010

O LOGRO DAS RENOVÁVEIS



 “E de renováveis também não percebo nada, pago-as, com o resto dos parolos, na factura da EDP. De resto, toda a gente acha que são muito boas para a saúde e para o ambiente. O pior é que, curiosa de uns tantos comentários, fui pesquisar na net, e pesquisando fui parar a uns blogues onde a discussão sobre renováveis e o seu custo me parece cientificamente descrita por gente que percebia do assunto e onde fiquei a saber como é que o ex-ministro foi parar a NY. A EDP pagou. No “Jornal de Negócios online”, uma notícia assinada por Helena Garrido, deu-nos conta disso, a 13 de Agosto de 2010. A EDP fez uma doação de montante desconhecido à SIPA ( School of International  and Public Affairs) de Columbia, e criou um mestrado em NY, uma cidade adorável e um semestre no ISCTE em Lisboa, menos adorável, mas encantadora para estrangeiros.
   Longe de mim comparar o meu desconhecimento do tema das renováveis com o know .how de Manuel Pinho nesta súbita especialidade mas fiquei a saber, ao cabo de horas de pesquisa, que a factura desta nova forma de energia nos custa agora 700 milhões de euros. A ERSE ( Entidade Reguladora Serviços Energéticos ), descobriu uma coisa chamado o défice tarifário, mais de 200 milhões de euros, que tem de ser abatido em 2010 em 129 milhões de euros ( notícia TSF online ). Neste défice tarifário, que ninguém sabe o que é exactamente, incluem-se os “custos das renováveis”. E como vamos pagar o défice? Mais um euro nas nossas facturas em 2010; multiplicado por milhões é adorável. O preço do petróleo diminuiu e continuamos a pagar a electricidade cara. O consumo também diminuiu, advinhem porquê: não há dinheiro dos parolos para pagar a factura.
   A discussão fica interessante quando percebemos o logro das renováveis. Não como conceito mas modo de aplicação em Portugal. Descobri que a EDP Renováveis vende à EDP com lucro fabuloso e a EDP vende ao consumidor com mais lucro. Descobri  que essa energia custa três a seis cêntimos a ser produzida e nós pagamos 17 cêntimos. Descobri que a EDP ultrapassou o máximo razoável de potência eólica instalada e que a exportação rendeu menos do que o custo; e descobri que o senhor primeiro ministro, outro especialista de renováveis, instalou em S.Bento uma T.Urban, turbina eólica do INETTI, que desde Novembro de 2007 teria produzido 8KW por hora, o que daria para alimentar uma lâmpada de poupança. Verdade ou mentira? A discussão é científica e merecia ser investigada. Para sabermos quem são a chamada “máfia do vento” ( promotores das eólicas, governantes, autarcas que recebem uma comissão ) como lhes chama um bloguer com formação na área e que é a favor das eólicas”.
Autora deste texto: Clara Ferreira Alves, na revista Única ( Expresso ) de 2/10/2010

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