quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SORTELHA:AS ILEGALIDADES ESTÃO À MOSTRA


Em nome de todos aqueles que estão contra a localização das torres eólicas nas terras envolventes da Aldeia Histórica de Sortelha, venho felicitar o senhor Dr.João Valente e agradecer o trabalho apresentado no Capeiaarraiana. Está agora, mais do que nunca, esclarecido e fundamentado o alerta e as ilegalidades que o movimento “Vamos Salvar Sortelha” lançou. A petição on line “Vamos Salvar Sortelha” conta neste momento com a participação de 1135 assinaturas, vindas dos quatro cantos do mundo. Quero aqui lembrar que tudo começou quando um dos moradores de Sortelha, deu o alerta e deitou a “boca no trombone” para dar a conhecer ao mundo os planos do “atentado” à medieval, histórica e original ( única ) aldeia histórica de Sortelha. Hoje vive fora do concelho do Sabugal porque a sua permanência na aldeia e na região, era incómoda para alguns senhores e foi mesmo obrigado a encerrar o seu negócio, só porque quis defender uma paisagem e uma aldeia que são pertença do universo. E agora que as ilegalidades estão esclarecidas, vamos ou não avançar para uma acção popular?
Leiam o artigo do Dr.João Valente aqui:






terça-feira, 17 de agosto de 2010

A DÍVIDA QUE TODOS VAMOS PAGAR

Em 27 de Maio deste ano, este Aviso não avisava de nada.

Aviso a 27 de Maio de 2010


   Chamámos à atenção deste facto e quando a 5 de Agosto voltei ao local, encontrei este:

Aviso a 5 de Agosto de 2010

   Leram bem o que está escrito?
   Quem é o titular do Alvará?

   A União Europeia tem até 2013, milhões de euros de subsídios para distribuir pela indústria das eólicas. A energia é ecológica e amiga do ambiente, mas também atrai charlatães de todos os tipos. Alguns conseguimos saber quem são, mas outros ninguém os conhece.
   As autoridades espanholas, francesas, italianas e alemãs têm andado muito ocupadas nos últimos meses.

 Reportagem do International Herald Tribune:

   


"Esta e outras investigações que decorrem na Europa trouxeram a lume abordagens, por vezes desgovernadas, do sector eólico, em rápido desenvolvimento. Com mais de seis mil milhões de subsídios estruturais e agrícolas reservados para energias renováveis, por um período de 13 anos que termina em 2013, esta relativamente nova área de actividade a que os peritos dão o benefício da dúvida, porque tem uma imagem amiga do ambiente aparentemente acima de qualquer crítica, dispõe, pois de um pecúlio atraente.
As autoridades dizem que é impossível determinar o nível de fraude na despesa pública passível de ser relacionada com a energia eólica, porque as investigações estão distribuídas, nos diferentes países, entre polícia fiscal e regional. Os críticos dizem que os controlos de fundos dispersos são um incentivo para que uma multidão de políticos e empresários corruptos extraia dinheiro fácil… ao sabor do vento.
Os investigadores têm estado bastante ocupados nos últimos meses. Cinco nacionalistas corsos foram detidos e obrigados a repor 1,54 milhões de euros de subsídios europeus para parques eólicos. Em Itália, decorrem três investigações e foram detidas 15 pessoas no mês passado, numa operação a que a polícia chamou "E tudo o vento levou". É descrito como um esquema complicado, do tipo Dona Branca, e que desviou 30 milhões de euros de apoios da UE.
O esquema é elementar: uma turbina normal de dois megawatts custa cerca de 2,75 milhões a construir e produz cerca de 275 mil euros por ano em venda de electricidade a preços de mercado. Mas esse rendimento pode quase duplicar, com os incentivos estatais especiais como prémio às energias renováveis. Em muitos países, os produtores de energia eólica estão a receber tarifas da alimentação – prémios especiais acima do valor de mercado como bónus para a energia renovável – ou taxas especiais por contratos de 15 a 25 anos.
Richard Robb, investidor em parques eólicos em França e na Alemanha, diz que, mesmo sem ventos muito enérgicos, essas tarifas representam um rendimento confortável para os accionistas. Na Alemanha, o seu parque eólico recebe cerca de 83,6 euros por megawatt/hora, quando o preço no mercado livre varia entre 30 e 70 euros – um retorno de 15%.
Nas Ilhas Canárias, onde há 44 parques, os dois casos que conduziram à detenção dos funcionários públicos e empresários, com acusações de tráfico de influências e corrupção, foram apanhados graças a milhares de escutas telefónicas. Os investigadores da Guardia Civil escutaram conversas que envolvem os empresários de Santa Lucía e os funcionários municipais, acusados de urdir um negócio secreto para transformar terrenos privados perto da praia de Pozo Izquierdo em terreno municipal – porque era maior a probabilidade de os subsídios serem concedidos para parques eólicos em terrenos públicos. Estavam em jogo quase 40 milhões de euros de um fundo de apoio da UE aos territórios periféricos de Espanha. 
Investigações similares estão a decorrer na Sicília, berço do aproveitamento público da energia eólica em Itália. A operação "E tudo o vento levou" fez com que as autoridades descobrissem um elaborado esquema para receber fundos da UE, diz o coronel Mario Imparato, da Guardia Financeira. O esquema envolveu uma elaborada rede de empresas do ramo; uma conseguia obter fundos da UE, usava uma parte para a construção e punha o resto fora de Itália. As empresas no estrangeiro mudavam o dinheiro para outra empresa que se candidatava a um novo fluxo de subsídios da UE.
Uma investigação separada, com o nome de código "Aeolus", na zona ocidental da Sicília, conduziu à detenção de sete pessoas, com julgamento marcado para Janeiro. Neste caso, o Ministério Público alega que o crime organizado limitou-se a adaptar técnicas antiquadas, como subornos, para fazer dinheiro com a nova fonte de energia. Isso incluiu 75 mil euros e um Mercedes dados a um vereador para votar a favor de um parque eólico". 
   E o que se passa em Portugal? Seremos todos bons utilizadores dos subsídios europeus?
QUANTO CUSTAM AS EÓLICAS AOS PORTUGUESES?
QUANTO CUSTARIA  DEIXAR DE TER EÓLICAS À VOLTA DA ALDEIA HISTÓRICA DE SORTELHA?
   As eólicas estão a crescer no nosso país, porque o Governo garante a venda da electricidade produzida, mesmo que ninguém a compre.É nada mais nada menos que mais uma dívida  escondida e que todos os portugueses vão ter de pagar aos senhores que investiram nas torres eólicas. 
E assim vai o nosso país!!!



















sexta-feira, 6 de agosto de 2010

AI SORTELHA...QUE TE ESTÃO A FAZER?


 A cada dia que passa a dor aumenta. Não há quem faça parar estes exércitos. Com tanto poder ferroso e com tantas máquinas, os verdadeiros "lagartixas" sentem-se incapazes de parar esta guerra. Podemos agora perder esta batalha, mas Deus nos dê saúde e lucidez para daqui a uns anos podermos assistir à vitória mais importante.

SORTELHA: PORQUÊ TÃO PERTO?

 Pés nas muralhas de Sortelha e olhares incrédulos


A construção do Sub Parque Eólico de...continua a destruir o património natural da área envolvente à Aldeia Histórica de Sortelha. É preciso ir a Sortelha, subir algumas ruas ou subir junto do castelo para perceber as razões do nosso descontentamento. Não somos contra as energias renováveis, neste caso concreto, a energia eólica. Também sabemos que por aqui sopra muito vento. Nós somos é contra a localização destes aerogeradores eólicos e reprovamos as obras que aqui estão a efectuar. Não é necessário recorrer ao zoom da máquina fotográfica, o nosso olhar deixa-nos mais tristes e a foto não consegue transmitir realmente aquilo que se está a passar a umas centenas de metros de nós. Os turistas que encontrei nas muralhas ficaram pasmados com o cenário. Estão demasiado próximas da Aldeia Histórica e a paisagem, mesmo que se tratem de pedras, fazem também parte da vivência histórica de Sortelha. Dói-me ver estes investidores que apenas procuram o lucro. O dinheiro seria mais bem investido se entrassem no interior das muralhas, até porque as portas estão sempre abertas, percorressem as ruas, visitassem a Igreja Matriz e ali, num silêncio medieval, meditassem no que realmente faz falta a esta gente para viverem em melhores condições, para receberem melhor os que as visitam e a terem esperança num amanhã melhor.


OS CEGOS DE SORTELHA!